Ninguém sabe responder
Ao porquê da existência,
Ao porquê do medo,
Ao porquê do mundo.
Cada um vive
Em função das invenções e das crenças
Que ouviu em criança.
Mas ao crescermos queremos descobrir
O porquê do querer descobrir
O porquê de falarmos
Ao porquê de escrevermos,
Assim, um dia mais tarde
Podemos explicar o que outros não conseguiram.
Ninguém consegue desvendar os segredos
E mesmo que se descubra algo
Não se descobre o porquê da descoberta
E vai sempre existir dúvidas,
Que nem mesmo o destino consegue resolver
Talvez este nem seja real…
Não há provas.
Iremos sempre morrer inconcretizados,
De uma maneira ou de outra,
Quer procuremos as respostas quer não,
O racional vai sempre dar lugar às ilusões.
Podemos até perguntarmo-nos o que é a morte
Sem ser o ciclo da vida,
Mas com que finalidade,
Se nunca obteremos resposta?
Porque nos importarmos
Quando nada se importa connosco?
Ninguém soube
Ninguém sabe
Ninguém saberá.
Limitamo-nos apenas
A seguir os padrões
Que outros que se importaram em impor.
E ao pensar que ultrapassamos algo,
Estamos apenas
A abrir outra pergunta à ignorância humana.
Carolina Martins
8º E
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