Voltam as sombras,
Obscuras, não mostrando o quão frágeis são
Tropeçam umas nas outras,
Com pressa de chegar.
O sentimento começa a invadir-nos
O vento a mudar-nos
Os pássaros cantam tranquilamente
E nós nem damos conta.
No nosso mundo tão preenchido
Ignoramos a chuva,
O olhar e o sorriso
Ou o sol de manha.
Tão distantes de nós, pensamos,
O que valeria?
Um sofrimento, uma dor,
de nada poderia ajudar
E desistimos.
Quando não sabemos onde estamos,
Como aconteceu ou o que sentir
Refugiamo-nos no nosso canto
Tão pequenino e seguro.
A realidade insiste sobre nós,
E tão determinados a ganhar a luta da vida
Empurramo-la para longe
E observamo-la até às linhas que definem o horizonte.
Sem fundamento ou glória,
Dignidade escassa e rasgada de marcas
As más decisões ,
Aquelas que tomámos há uns tempos
Voltam até o sol se pôr.
E por vezes, é esse o problema
Ficamos a ver o Sol,
Tão perto e fácil de alcançar
Pondo brilho aos nossos olhos
Versos soltos assim o são,
Tal como a vida, um papel ou um simples sapato
De tudo precisamos, mas há uma altura
Em que o desprezo nos ganha e também nós desprezamos.
À noite, quando tentamos fechar os olhos,
Lá vêm os mesmos pensamentos,
As mesmas lágrimas ou alegrias…
Relembramos os momentos mais cem vezes,
E só depois a nossa alma esta satisfeita
Acordamos, e o tempo de liberdade acabou,
O tempo em que podíamos correr nas nuvens,
Ir a Marte e ter aquele alguém que queremos
Acaba.
O pensamento volta, aquele pensamento
que fez com que adormecêssemos mais tarde a noite passada,
como pode ser a cereja no bolo
e a maçã envenenada nalguns momentos.
Nicole Antunes
8º E
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