sexta-feira, 2 de março de 2012

Da minha casa

         Aqui onde estou agora é um sítio muito tranquilo. A minha casa. No Alentejo. Na pacata vila de Azaruja, pero de Évora. Daqui vejo tudo – ou quase tudo o que vale a pena ver quando se quer saborear a calma das tardes quentes de verão ou a frescura das manhãs de primavera.
       Estou nas traseiras da minha casa, situada num montículo que nos permite olhar em volta, numa extensão imensa de campo. Daqui vejo e penso em tudo. Penso nos meus problemas e nas minhas coisas… Vejo Azaruja, quem passa na rua, a Serra d’Ossa, o campo… Oiço os pássaros que estão por perto, espalhando por todo o lado cantares alegres de seres bem-dispostos, as ovelhas ao longe, com seus balidos lentos de trabalhadores incansáveis. Oiço o avento que se confunde com o ruído poluidor dos carros e das motas que passam na autoestrada vizinha. Penso nos meus amigos, na escola, na minha família, pondero o que posso ou não fazer… Decido telefonar às minhas amigas para falarmos um bocado… aquelas conversas de raparigas, que às vezes duram uma eternidade de desabafos partilhados que só duram um instante.
        Penso. Penso. Penso e começo a escrever, ouvindo a melodia da natureza que me envolve.
Esqueço-me de que estou aqui. Porque aqui sou eu. Posso ser genuinamente eu. Este é o sítio que me inspira e aconselha, quer de dia, quer de noite.

Sandra Barreiros
 9ºE

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