sexta-feira, 2 de março de 2012

O direito a sonhar


Nasci adulto:
pronto a trabalhar.
Trabalho para comer,
trabalho para brincar.

Por vezes dou-me ao luxo de sonhar:
vou para o mundo onde sou rei
até que a fome comece a apertar.
Aí, volto a trabalhar.

A minha vida não é fácil,
mas… considero-me feliz!
Viverei até amanhã,
terei a vida que sempre quis.

No entanto, estou contente.
Tenho uma família,
um teto para pernoitar…
E quando acordar amanhã
será com desafio no olhar.

Esta é a minha vida,
a realidade é assim…
Pode não ser amiga, mas
um dia, terei a vida que sempre quis!  

O meu maior sonho é sonhar,
quando e onde quiser,
sem ter de me preocupar
com irmãos para alimentar!

Farei da minha imaginação
a minha única profissão;
encararei tudo com um sorriso
e esquecerei o que me fez sofrer…

Vivo nesta luta constante,
a de nunca desistir
dos direitos que me pertencem
e parecem não existir!

Não tenho um nome,
não tenho identidade.
Tenho o grande sonho
de existir igualdade.

 Helena Carvalho
 9ºE  

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